Categoria:
Teatro
Descrição:
Irritado com a forma lenta como pareciam se arrastar os trabalhos de construção do Teatro Santa Cruz (Hoje Santa Roza), agrimensor dos terrenos da Marinha na Província, Vicente Gomes Jardim, escrevia em 1889: “Parece que os ediffícios d’este gennero estão escommungados, pois sempre há má vontade para elles, isto he, aqui na Parahyba”. Com efeito, a construção propriamente dita do atual teatro pessoense iniciou-se em 1873, com o lançamento da pedra fundamental a 2 de agosto, na administração do Presidente Francisco Teixeira de Sá, por autorização da Lei Provincial nº 549. As obras - A cargo da Sociedade Particular Santa Cruz - foram suspensas em 1882, por ter essa entidade exaurido seus recursos. Os serviços reiniciaram-se na administração do último governo provincial da Monarquia, Francisco Luiz da Gama Roza (Daí a designação de Teatro Santa Roza). Quando finalmente concluído em 1889, o prédio ficou olhando para o sul, no antigo Campo do Conselheiro Diogo (Atuais Praças Pedro Américo e Aristides Lobo). A inauguração se deu em agosto daquele ano, encenando-se o drama “O Jesuíta - ou O Ladrão da Honra”, peça de Henrique Peixoto. Nesta noite festiva ocorreu um incidente de que resultou a morte do soldado de cavalaria do corpo policial José Mariano. Durante muito tempo a casa serviu para exibições cinematográficas - e o teatro da cidade não era para ser onde está hoje: ficaria no prédio depois destinado ao Thesouro Provincial, o que acabou não ocorrendo. Antes de ser construído o atual teatro, o Santa Cruz funcionava num “Teatrinho” da Rua Visconde de Pelotas, diante do antigo Pátio das Merces, olhando para o leste. O Santa Roza é uma das quatro mais antigas casas de espetáculos do País. Monumento bastante representativo de nossa arquitetura civil no século passado, tem linhas influenciadas pelo barroco italiano e, entre os materiais de construção empregados para erguê-lo, contam-se pedras calcárias (Para os grossos paredões) e pinho de riga (Camarotes). Possui ainda candelabros, assoalhos, tetos falsos, esquadrias, bonita coberta, etc. Com o advento da República, quiseram-lhe mudar o nome para Teatro do Estado, o que não vingou.
Endereço:
Praça
Pedro Américo
nº:
s/n
Bairro:
Centro
Polo:
Região Turística do Litoral
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